B. F. SKINNER
Fundamentos, História e Estudos de Psicologia

B. F. SKINNER



FADIMAN, James e FRAGER Robert. B. F. Skinner e o behaviorismo radical. In: Personalidade e Crescimento pessoal. Porto Alegre: Editora Artmed, 2004, 5ª edição

Em 1938, Skinner publicou The behavior of organisms, no qual descrevia suas próprias experiências na modificação do comportamento de animais em condições laboratoriais. P 287

A idéia de que os estudos com animais poderiam elucidar o comportamento humano surgiu como um resultado indireto da pesquisa de Darwin e o subseqüente desenvolvimento das teorias evolucionistas. Muitos psicólogos, inclusive Skinner, supunham que os humanos não são diferentes dos outros animais. P 289

Do ponto de vista behaviorista, a psicologia é um ramo inteiramente objetivo da ciência natural. Seu objetivo é a previsão e o controle do comportamento. P 289

O fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936) realizou o primeiro trabalho importante na área do condicionamento comportamental (1927). Sua pesquisa demonstrou que funções autônomas poderiam ser condicionadas. Ele mostrou que a salivação pode ser evocada por um estímulo que não seja o alimento, como, por exemplo, pelo som de uma campainha. P 289-290

Uma resposta individual se baseia nas experiências anteriores e na história genética. P 291

Liberdade. Skinner sugere que o sentimento de liberdade não é realmente liberdade; mais ainda, acredita que as formas mais repressivas de controle são aquelas que reforçam o sentimento de liberdade, tais como a “liberdade” dos eleitores de escolher os candidatos cujas posições são extremamente semelhantes. P 292

O homem autônomo. O homem autônomo é uma ficção explanatória descrita por Skinner como um agente interno, uma pessoa interior, que é controlada por vagas forças internas independentes das conexões comportamentais. P 292

Vontade. Skinner considera a noção de vontade confusa e irrealista. Para ele, vontade, livre arbítrio, e força de vontade não passam de ficções explanatórias. P 293

Davison e Valins (1969, p. 33) demonstraram que “se uma pessoa entende que uma mudança em seu comportamento depende totalmente de recompensas ou punição externa, (...). p 293

Skinner é polêmico não tanto por sua visão de que o homem é uma máquina muito superior, mas por suas opiniões sobre o que opera essa máquina [...]. Skinner rejeita toda a bagagem da consciência, todos os sentimentos, todos os motivos e todas as intenções como, na melhor das hipóteses, subprodutos. (Cohen, 1977) p 293

O condicionamento pode ocorrer e realmente ocorre sem percepção consciente. Numerosas demonstrações indicam que o que percebemos depende, em grande medida, de nossas percepções passadas, que foram parcialmente condicionadas. P 294

Reforço. Um reforço é qualquer estímulo que segue a ocorrência de uma resposta e aumenta a probabilidade daquela resposta. P 295

Crescimento para Skinner significa a capacidade de minimizar as condições adversas e aumentar o controle benéfico de nosso ambiente. Pelo esclarecimento de nosso pensamento, podemos fazer melhor uso das ferramentas disponíveis para prever, manter e controlar nosso próprio comportamento. P 297

Ignorância. Skinner define ignorância como falta de conhecimento sobre o que causa um dado comportamento. O primeiro passo na superação da ignorância é reconhecê-la; o segundo é mudar os comportamentos que mantiveram a ignorância. P 297

Descrições precisas do comportamento nos ajudam a fazer previsões precisas de futuros comportamentos e aperfeiçoar a análise dos reforços que levaram ao comportamento. O comportamento não é aleatório nem arbitrário, e sim um processo proposital que pode ser descrito considerando-se o ambiente em que o comportamento está inserido. P 298

Skinner conclui que, embora a punição possa ser usada brevemente para suprimir um comportamento, é altamente indesejável ou poderia causar danos ou morte. Uma abordagem mais útil é estabelecer uma situação em que um comportamento novo, concorrente e mais benéfico, pode ser aprendido e reforçado. P 299

Em uma conversa, você diz alguma coisa, e então você recebe um retorno. O retorno que você recebe, contudo, se baseia não apenas no que você disse, mas também em como a outra pessoa se comportou depois de ouvi-lo. P 300

Não é o que aconteceu a você que importa, e sim se você recebeu uma recompensa para perceber. P 302

Da posição do behaviorista, o objetivo da terapia deve ser modificar o formato ou ordem dos comportamentos – ou seja, impedir a reincidência que comportamentos indesejáveis ocorram com mais freqüência. P 302



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